Servidores esperaram até o final da reunião

Sobre a “proposta” do prefeito

O governo esperou o movimento grevista se dispersar no final da tarde do dia 21/03 para convocar a diretoria do SINDSERV para uma reunião. O sindicato rapidamente avisou os servidores que compareceram em grande número no Paço Municipal para fazer a devida pressão.

A comissão de servidores que entrou na reunião teve que ter muito estômago para escutar tamanho desrespeito que o governo chamou de “nova proposta”.

A tal proposta será analisada e discutida com calma por todos os servidores na ASSEMBLEIA que acontecerá na QUINTA-FEIRA (23/03), às 19h, na Associação Atlética dos Portuários de Santos (R. Joaquim Távora, 424 – Marapé).

Independente da “proposta”, o que vai definir se a greve continua ou não, será o comparecimento maciço dos servidores, tanto nos dias que antecedem a assembleia, quanto na própria assembleia. Só é possível defender nossos salários se os trabalhadores estiverem presentes de corpo e alma na luta.

E, levando em conta o dia seguinte da reunião com o prefeito (onde a Pça Mauá continuou completamente tomada pelos funcionários públicos), parece que os planos de Paulinho não darão muito certo.

Os servidores mais uma vez demostraram que não irão aceitar nenhuma proposta abaixo da inflação. É bom que o prefeito entenda isso de uma vez por todas.

A GREVE CONTINUA!
TODOS À ASSEMBLEIA
QUINTA-FEIRA (23/03), ÀS 19H,
no Portuários (R. Joaquim Távora, 424 – Marapé)

Analisando a “proposta”

A provocação enviada para os trabalhadores em forma de proposta se resume em:

a) ZERO nos salários até setembro, 5,35% de abono em outubro e novembro e incorporação desses 5,35% nos salários a partir de dezembro;

b) 5,35% no Auxílio Alimentação;

c) 5,35% na Cesta Básica.

Vamos analisar cada item:

a) Em outubro, a inflação estará muito superior aos 5,35%, pois serão os 12 últimos meses acumulados (o que dá atualmente os 5,35%) MAIS a inflação de cada mês até agosto.

Por exemplo, a inflação que reivindicamos (5,35%) é, na verdade, a soma da inflação dos 12 últimos meses nos quais o IBGE já divulgou o índice (Fevereiro/2016: 0,90%; Março/2016: 0,43%; Abril/2016: 0,61%; Maio/2016: 0,78%; Junho/2016: 0,35%; Julho/2016: 0,52%; Agosto/2016: 0,44%; Setembro/2016: 0,08%; Outubro/2016: 0,26%; Novembro/2016: 0,18%; Dezembro/2016: 0,30%; Janeiro/2017: 0,38%).

Pegando a média de inflação mensal de 2016 (0,45%), por exemplo, a inflação acumulada para outubro já estará em 8,92%. Índice muito superior da “proposta” do governo. Ou seja, TEREMOS REDUÇÃO SALARIAL caso aceitemos essa proposta.

Não vale aqui nem mesmo perder tempo para enumerar os graves problemas desse “reajuste” ser incorporado somente em dezembro. E outra, quando chegar a campanha salarial de 2018, imagina qual vai ser a desculpa: “Acabamos de conceder o reajuste e vocês querem mais?!”.

b) Essa proposta significa exatos R$ 21,78 a mais por mês no Auxílio Alimentação. Um pouco mais de R$ 1,00 por dia de trabalho. Talvez dê para um chiclete pós almoço.

c) Pra Cesta Básica cairia R$ 13,38 a mais. Não dá nem pra comprar tomate na feira.

 

Veja como SOMENTE A LUTA está fazendo o governo sair do ZERO:

1ª PROPOSTA:

  • ZERO em tudo e voltar em junho/julho pra ver se é possível ter reajuste.

2ª PROPOSTA:

  • ZERO nos salários;
  • 5,35% no Auxílio Alimentação;
  • 5,35% na Cesta Básica.

3ª PROPOSTA:

  • ZERO nos salários até setembro, 5,35% de abono em outubro e novembro e incorporação desses 5,35% nos salários a partir de dezembro;
  • 5,35% no Auxílio Alimentação;
  • 5,35% na Cesta Básica.

Proposta do governo

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