Sobre a reclassificação de nível salarial dos enfermeiros

A Diretoria do SINDSERV (Campos Sales, 106) recebeu ontem – 09.12.2014 – no final do expediente, um convite para a solenidade de assinatura de projeto de lei que institui a reclassificação de nível salarial dos enfermeiros da PMS. Para efetivar essa reclassificação, o prefeito deverá enviar o projeto de lei para a câmara dos vereadores para ser aprovado no apagar das luzes de 2014, assim como ocorreu com o projeto que legalizou a implantação das Organizações Sociais no ano passado.

Que fique absolutamente claro para toda a categoria que o referido projeto de lei não foi discutido com o SINDSERV, pois conforme vontade da categoria temos encaminhado a luta pela reclassificação salarial, há anos, em um movimento unificado, que pleiteia a reclassificação de nível para todos que a reivindicam, universitários ou não universitários.

Sabemos que os profissionais da Enfermagem têm salários abaixo do que merecem, assim como todos os demais cargos que integram o movimento pela reclassificação de níveis, porém alertamos a categoria e aos munícipes sobre os fatores que levaram a prefeitura a reclassificar somente os Enfermeiros e a preterir os demais. Esses profissionais trabalham nas unidades que são o alvo preferencial das terceirizações para as Organizações Sociais. O prefeito fará a reclassificação dos enfermeiros e posteriormente cobrará dos mesmos que colaborem com o desmonte dos serviços de saúde, trata-se de uma tentativa de cooptação política para o projeto de desmonte dos serviços públicos.

A reclassificação somente dos enfermeiros, que ocorre após diversas negativas do governo às reivindicações dos demais servidores, além dos motivos já expostos, deixa a sensação aos demais de que seu trabalho vale menos e que seus salários devem continuar como estão!

As políticas de criação de gratificações específicas, a implantação de meritocracia e a reclassificação de alguns cargos são investimentos deliberados na divisão e no conflito dentro da própria categoria. Enquanto, de um lado, tentam criar setores que trocam a liberdade de questionamento e de ação por alguns trocados, do outro aprofundam a terceirização, destruindo postos de trabalho, a CAPEP (saúde) e o IPREV (aposentadoria).

É o ataque maquiavélico desse prefeito.

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