Aumenta o desemprego na indústria paulista

O número de postos de trabalho na indústria, em São Paulo, teve em março queda de 1,09% em relação a fevereiro. Se o resultado é aparentemente insignificante, ele representa uma queda de 6,76% em relação a março de 2008. Isso representa o fechamento de 172.500 vagas nesse período. Essa comparação evidencia a maior queda desde 2006.

Os dados são da pesquisa mensal de emprego da Fiesp. De acordo com a pesquisa, o resultado só não foi pior pelas contratações realizadas no setor sucroalcooleiro. Os setores que mais desempregaram foram o de produtos de madeira, com redução de 4,3%, metalurgia, que extingiu 2,6% dos empregos, mesmo índice que afetou os setores de equipamentos de informática e produtos eletrônicos e ópticos.

Já a região mais afetada foi Mogi das Cruzes, que sofreu com a queda do setor automobilístico e de produtos de borracha e plástico. São Caetano do Sul, outro pólo de automotores, também contribuiu para a queda nos empregos. Cotia sofreu forte queda nos empregos no setor de produtos químicos (8,41%).

Desemprego no país
O resultado da indústria paulista rebate a tese da recuperação da economia. A Pesquisa sobre Mercado de Trabalho divulgada pelo Ipea, por outro lado, mostra que a geração de emprego sofreu forte desaceleração no último período. Mais do que isso, os empregos criados entre fevereiro e março não conseguiram reverter o duro revês do final de 2008 e janeiro deste ano.

“Tivemos uma geração muito pequena de postos no primeiro trimestre, insuficiente para evitar o aumento da taxa de desempregados”, afirmou à imprensa o diretor da Área de Planejamento da Coordenação de Trabalho e Renda do Instituto, Roberto Gonzáles.

Já o IBGE anunciou uma queda de 5% no emprego industrial no país em março comparado com mesmo período de 2008. Os setores mais atingidos foram de máquinas e equipamentos, vestuário, calçados e couros e meios de transporte. Esta é a maior queda comparativa feita pelo instituto desde 2001.

Enquanto, entre novembro e janeiro último, 797 mil vagas de trabalho foram extintas, menos de 45 mil foram geradas entre março e fevereiro. Isso deixa um saldo negativo de 752 postos de trabalho desde novembro, quando a crise bateu com tudo na economia do país. Os números são do Caged, órgão do Ministério do Trabalho responsável pela contabilização dos empregos formais.

Deixe um Comentário

Você precisa fazer login para publicar um comentário.