Em hospital do Rio, médicos de OSS receberam salários antes mesmo da inauguração de hospital

Em hospital do Rio, médicos de OSS receberam salários antes mesmo da inauguração de hospital

Mais uma suspeita de desvio de recursos públicos envolvendo uma organização social de saúde (OS), no Rio de Janeiro. O Tribunal de Contas do Município (TCM) fez uma auditoria que mostra irregularidades praticadas em unidades de saúde administradas pela Cejam.

Segundo o documento, divulgado no fim do mês passado, no Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, os médicos e enfermeiros receberam salário mesmo antes da unidade ser inaugurada. O assunto foi tema de uma reportagem do telejornal RJTV .Veja o Vídeo.

Os fiscais apontam que, embora o hospital tenha começado a operar em 7 de fevereiro de 2013, a Cejam, gestora do local, começou a receber da Prefeitura em março de 2012. Funcionários receberam sem trabalhar e com a casa de saúde ainda em obras. Os gastos chegam a cerca de R$ 2,5 milhões em salários.

Em seu relatório, o TCM diz a gestora recebeu pagamentos referentes à capacidade plena de 100 leitos. No entanto, durante um ano, o hospital funcionou com apenas 57. A direção, porém, afirma que em novembro deste ano já funcionam 103 leitos.

Farra em botequim

Outra suspeita levantada pelo Tribunal de Contas do Município é que a Cejam apresentou gastos à prefeitura que não têm relação com a administração do Hospital Evandro Freire. Foram R$ 140 mil em passagens aéreas, R$ 1 mil em bares e churrascarias e R$ 19 mil em um botequim!

A OS se defende, dizendo que as despesas são de transporte e refeições de médicos e funcionário trazidos de São Paulo para trabalhar na unidade e em outras duas casas de saúde administradas por ela.

Para espanto dos fiscais, apesar das flagrantes provas de irregularidades, a Cejam teve o contrato com a prefeitura prorrogado até março de 2015.

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