LEGISLATIVO SANTISTA SE ESPECIALIZA EM CRIAR PALIATIVOS

Há vários outros projetos com a mesma característica de paliativos. Após o mega assalto à transportadora de valores Prossegur, no início de abril, o vereador Sérgio Santana (PR, primeiro mandato) propôs impedir a instalação na cidade de novas empresas desta modalidade de negócios. Propôs ainda, impedir a instalação de caixas eletrônicos em estabelecimentos comerciais. Ou seja, na falência da segurança pública, pune-se o cidadão, privando-o de serviços. Após o incêndio da Ultracargo, há um ano, propôs-se a proibição de empresas de granéis líquidos em solo santista.
Há ainda situações em que os paliativos significam a criação ou a transferência de responsabilidades do estado para o cidadão comum. Projeto de Marcelo Del Bosco Amaral (PPS, terceiro mandato) estabeleceu que novos condomínios a serem edificados, mantenham sistemas de monitoramento por câmeras de vídeo, interligados ao sistema público. Significa dizer que as câmeras de determinado edifício, que registram a entrada e a saída de moradores, sejam de domínio do sistema público de segurança. As implicações práticas e jurídicas decorrentes são enormes. Por trás da aparente modernidade não passa de um paliativo que não resolve a falta de segurança pública. Ai está uma das especialidades da Câmara de Santos.