Entidades, Centrais Sindicais, Partidos Políticos , engrossam apoio na luta contra perseguição de diretores do Sindserv
Representantes da Força Sindical, CUT, UGT, Intersindical, Conlutas, diversas entidades de classe, partidos políticos, além de símbolos importantes de movimentos sociais regionais, como a Irmã Dolores, somaram forças no movimento de apoio aos cinco diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (SINDSERV), que sofrem processo administrativo movido pelo prefeito João Paulo Tavares Papa.
No encontro que debateu o tema Autonomia e Liberdade Sindical, realizado ontem à noite, no Plenário Ulisses Guimarães, em Santos, os presentes criticaram as tentativas de criminalização dos movimentos sindicais e populares e aprovaram resoluções que confirmam a união das entidades na luta para assegurar os direitos constitucionais de livre organização e manifestação.
Dentre as resoluções aprovadas, destacam-se:
1) A formação de uma comissão com representantes de diversas entidades e centrais sindicais e movimentos populares da Baixada Santista e do Estado de São Paulo. O objetivo é articular formas de convencimento e negociação com o prefeito de Santos para garantir a extinção dos processos administrativos em andamento.
2) Organização de um ato em local público para conscientizar a população sobre a importância da liberdade e da autonomia sindical em todas as categorias e esferas de representação.
3) Elaboração de um documento, subscrito por todas as entidades presentes no encontro, denunciando passo a passo todos os fatos recentes em Santos, que configuram uma ameaça às instituições sindicais e, por conseqüência, aos princípios democráticos que devem nortear as relações na sociedade.
4) Encaminhamento do documento-denúncia à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O advogado dos diretores indiciados administrativamente, César Pimentel, que representa também a Apeoesp, coordenou a mesa durante o encontro de ontem. Ele explicou que os processos administrativos em andamento podem culminar com a demissão dos cinco diretores. Eles são ameaçados de punição por terem participado de atos em manifestações em defesa dos direitos dos servidores.
“O que está acontecendo com os diretores do Sindserv é semelhante ao que diversos outros sindicalistas têm sofrido: é uma tentativa de calar os trabalhadores através da punição de suas lideranças essas lideranças. Eles vêem a diretoria sendo punida e ficam ainda mais amedrontados e intimidados na hora de reivindicar seus direitos”.
A desmobilização dos movimentos sindicais pelo terror também foi repudiada por lideranças como a do diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado, Adilson Rodrigues, que falou sobre a estratégia dos patrões em criminalizar as entidades sindicais. “É uma maneira de amedrontar e desorganizar os servidores para aprofundar as privatizações do setor público e a retirada de direitos”.
Outro que defendeu uma reação da classe trabalhadora contra esse tipo de perseguição foi o secretário Geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Pedro de Castro Júnior. “As dezenas de entidades e associações e os mais de cem trabalhadores que participaram desse evento mostram o crescimento da mobilização contra esse tipo de atitude do prefeito municipal em punir injustamente quem foi legitimamente eleito pelos servidores”.
Participaram do encontro sobre Liberdade e Autonomia Sindical as seguintes entidades:
– Centrais Sindicais: CUT, Força Sindical, Intersindical, Conlutas e UGT.
– Entidades Sindicais: Sindicato dos Servidores Municipais de Santos, Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista, Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, Sindicato dos Urbanitários de Santos, Apeoesp, Sindicato dos Trabalhadores na Administração Portuária (Sindaport), Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da Baixada Santista, Sindicato dos Servidores Federais do Judiciário no Estado de São Paulo, Sindicato dos Vidreiros de São Paulo, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo, Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, oposição do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, oposição do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Planejamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Empresas Cooperativas Habitacionais no Estado de São Paulo e Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação.
– Associações: Centro dos Estudantes de Santos (CES).
– Partidos Políticos: PT, PcdoB, PCB, PSOL, PSTU, PSB