CÂMARA SERÁ ALVO DE SERVIDORES
Categoria quer reabrir negociação salarial com a Prefeitura de Santos; para isso, tentará obstruir sessão de hoje.
A Câmara de Santos será o primeiro alvo dos funcionários públicos municipais em seu esforço pela reabertura das negociações salariais com a Prefeitura. Eles tentarão obstruir a sessão desta noite para evitar que o legislativo aprove o reajuste de 6% proposto na última terça-feira à categoria.
O percentual de aumento apresentado pela Administração João Paulo Tavares papa foi rejeitado por unanimidade em assembleia promovida ontem à noite pelo Sindicato dos Sevridores Públicos Municipais de Santos (Sindserv). Na ocasião, cerca de 180 trabalhadores presentes também decidiram fazer paralisações de, no máximo, duas horas, em seus postos de trabalho. Eles prometeram, ainda, suspender as atividades em "duas grandes unidades"da Prefeitura na p’roxima semana, até que o prefeito aceite negociar o reajuste.
A pauta de negociações aprovada em janeiro pela categoria prevê um aumento de 28%. "’É o mesmo percentual que ele (Papa) e os vereadores tiveram de reajuste salarial", explica o tesoureiro do Sindserv, Flávio Saraiva, que aponta uma defasagem da ordem de 90% nos vencimentos dos trabalhadores. "Ficamos oito anos sem aumento no Governo Beto mansur, e o Papa só vem repondo a inflação. Contando tudo, estamos indo para o décimo terceiro ano sem reajuste".
Passeata
Entre as propostas aprovadas ontem está também a divulgação da arrecadação com impostos municipais. A categoria pretende ainda organizar uma passeata, provavelmente na Praça das Bandeiras, no Gonzaga, até o Paço Municipal. Data e horário deverão ser definidos nos próximos dias.
Diretor do Sindserv, Rubens Mattos da Silva, disse que os trabalhadores manterão o estado de greve por tempo indeterminado, mas descartou, por ora, uma greve geral. "Faremos essas pequenas paralisações e tentaremos pressionar os vereadores a não aprovar esse percentual, mas acreditamos que ainda não é o momento de parar todos os serviços".