PLANO DE CARREIRA DO GOVERNO É PIADA DE MAU GOSTO
Um plano de corte de direitos e de congelamento de salários. Assim pode ser resumida a proposta que o Governo apresentou para o sindicato no último dia 21. A proposta é exatamente a mesma apresentada em setembro do ano passado. Ficou bem claro que tudo o que eles não conseguiram aprovar em 2009 por causa das mobilizações que fizemos querem aprovar agora.
O secretário de Gestão, Edgard Mendes Baptista Jr, não abriu mão de dois pontos que mais simbolizam o teor cruel do plano:
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Avaliação anual de desempenho pelas chefias. Os servidores teriam que atingir 70 pontos. Todo mundo entraria novamente numa espécie de período probatório.
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Eliminar os adicionais por tempo de serviço que temos hoje, ou seja, acabar com os quinquênios e com a letra de 8 anos. Todos os salários ficariam congelados. Quem recebeu não recebe mais e os servidores novos, que não tiveram os adicionais incorporados, nunca chegariam a ter direito.
Como se não bastasse tudo isso, as avaliações só serão pagas se houver disponibilidade financeira da Prefeitura e se esses acréscimos não elevarem a folha de pagamento para o equivalente a 51% do orçamento, conforme dita a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O secretário Edgard ainda teve o desplante de afirmar que, caso o pagamento das avaliações comprometa muito a folha, isso teria de ser feito em detrimento ao reajuste geral dos salários.
A proposta do Governo é uma piada e só podemos entender que com ela o governo entende que:
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Temos cara de palhaço para aceitar que nossos direitos adquiridos sejam jogados no lixo enquanto a Prefeitura bate recordes de arrecadação ano a ano.
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Esse plano é a institucionalização do assédio moral, já que será preciso puxar bastante o saco das chefias para obter uma boa avaliação (e nem assim há garantias de que a Prefeitura pague por elas por causa da tal disponibilidade financeira).
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Para a prefeitura cada vez mais o reajuste geral de salários será secundário e a recuperação das perdas salariais, impossível.
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Esse plano é uma ferramenta para corte de gastos e não para a valorização do servidor.
Só não vê quem não quer o grande teatro que está sendo representado para o servidor. Chamam a categoria para apresentar uma proposta absurda só para dizer que tentaram o diálogo. Colocam um verniz democrático numa situação que só favorece um dos lados: o do Governo.
Essa é a hora de mostrarmos nosso valor. Como sempre, Papa e seus escudeiros vão tentar rapidamente enviar o plano para a Câmara à nossa revelia para que os vereadores fantoches completem o serviço e desmoralizem de vez a categoria. Não dá para aceitar isso calado.
PREPAREM-SE PARA A LUTA!
NENHUM DIREITO A MENOS, AVANÇAR NAS CONQUISTAS!