Hospital dos Estivadores só em 2016, é mole?!
É de conhecimento público a situação deplorável em que se encontra o atendimento médico hospitalar na cidade de Santos, em especial no que diz respeito a falta de leitos no SUS – Sistema Único de Saúde. Na contramão dessa situação de emergência em que se encontra a saúde pública, o prefeito simplesmente dispensou verbas para que o Hospital dos Estivadores fosse equipado e voltasse a funcionar ainda esse ano.
O Sindserv protocolou no dia 7 de novembro uma representação no Ministério Público para apuração de crime praticado pela Prefeitura de Santos de improbidade administrativa. A denuncia relata que o prédio do Hospital dos Estivadores, comprado pela municipalidade do INSS, já tinha verbas destinadas do governo federal e estadual para a compra de novos equipamentos e reforma no começo desse ano, mas o prefeito jogou tudo fora!
Com a desculpa de "readequar" o projeto de ocupação do imóvel, Paulo Alexandre Barbosa desperdiçou todo o dinheiro público já gasto no projeto anterior e na reforma que já havia começado. E ainda dispensou todas as verbas estaduais e federais já carimbadas, pois com as mudanças no projeto original os valores que já estavam no orçamento dos governos do Estado de São Paulo e da União se tornaram indisponíveis. Agora, o valor do novo projeto que a população vai pagar é de R$ 30,7 milhões!
Se já não bastasse todo o desperdício financeiro, o prefeito ainda convoca coletiva de imprensa e anuncia que o Hospital será reaberto somente em 2016! É mole?! O prédio na avenida Conselheiro Nébias, que a esta altura já poderia ter um de seus andares em pleno funcionamento, está abandonado, cercado de tapumes caindo aos pedaços.
"Enquanto o caos está instalado o prefeito libera verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ao devolver o dinheiro que deveria ser utilizado na reconstrução funcional da unidade médica e ao cuidar com desleixo do próprio municipal que, aliás, ainda está sendo pago pela municipalidade santista ao INSS. (…) A conduta do alcaide lesa de morte o patrimônio público pela ação dolosa que desperdiça dinheiro do erário e vitima a população do município que está morrendo há espera de atendimento médico, em especial nos prontos socorros que inundam a imprensa local com notícias de falta de atendimento", diz o documento entregue pelo Sindserv (veja na íntegra aqui).