PAULO ALEXANDRE NÃO PROMOVE ADJUNTOS E APROFUNDA A FALTA DE PROFESSORES NAS ESCOLAS
A falta crônica de professores nas salas de aulas das escolas santistas vai piorar. O Governo já deu o primeiro passo para aprofundar o cenário catastrófico para o ano letivo de 2018, ao se negar a promover professores adjuntos aprovados no concurso 001/2015 para PEBs.
O concurso já havia sido prorrogado e termina a vigência agora em novembro.
Nesta quarta-feira (4), o secretário de Gestão, Carlos Teixeira, anunciou que apenas 9 professores ascenderão. O anúncio gerou indignação entre os profissionais que foram até o Paço exigir o direito à progredir na carreira.
Além de prejudicar a vida de centenas de educadores que há anos cumprem carga de 200 horas, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa está penalizando alunos de toda a rede municipal de ensino e atacando a qualidade da educação.
Depois de quatro reuniões com o secretário sem avanços, os professores adjuntos estão se mobilizando para criar formas de denunciar à população o sucateamento premeditado das escolas conduzido pelo mandatário da chamada “Cidade Educadora”.
Lembramos que os primeiros estudos da Seduc apontavam que seria necessário promover cerca de 400 professores adjuntos para suprir as necessidades da rede. Depois a lista foi reduzida para 188, por pressão do próprio governo. Agora, em um ataque frontal ao Magistério e à comunidade escolar, Paulo Alexandre mandou seus emissários dizerem que só cumprirá o que está previsto em edital, ou seja, só promoverão 9 docentes.
Vale dizer que já existe um concurso em andamento para chamar mais adjuntos para suprir a falta de professores nas unidades, no entanto, não existem cargos criados, pois estão ocupados. Alguns cargos já há mais de 10 anos!
Enquanto a Prefeitura não promover esses professores mais antigos, não haverá cargos vagos de adjuntos. Um verdadeiro tiro no pé!
Indignados, os educadores presentes no ato engrossaram a conversa, classificando a postura da atual gestão como vergonhosa.
“Isso é inaceitável. Eu me sinto humilhada por este governo. Eu prestei esse concurso e não estou pedindo nada além do que um direito, porque vaga tem. Faltam professores. Há dez anos estou na rede e há dez anos eu faço 200 horas. Qual é o impacto financeiro? A diferença na folha é mínima. O senhor quer que a gente faça as contas a gente tem condição de fazer as contas”, desabafou uma das professoras para o secretário, que deu de ombros e disse que apenas cumpre o edital.
Até o momento, o Governo não entregou as planilhas que mostram os reflexos financeiros das promoções. Portanto, a decisão de punir os professores, piorando as condições de trabalho e prejudicando o ensino é meramente política.
O SINDSERV e o conjunto dos educadores discutirão novas estratégias de pressão para encampar a luta. Nos próximos dias serão comunicadas novas atividades, que deverão contar com ações e denúncias junto à população sobre esse processo de sucateamento da educação.
Os santistas precisam saber o real déficit de professores nas escolas da chamada “Cidade Amiga da Criança”.
Governo do PSDB mais uma vez coloca em prática o lema “Cuidar, inovar e avançar”: Cuidando de escarnecer os professores adjuntos, inovando na economia da porcaria e avançando nos direitos de toda uma categoria l
Convoque os colegas que estão na mesma situação e ajude na mobilização!
SÓ A LUTA COLETIVA MUDA A VIDA!