DISTRIBUIR MATERIAIS ESCOLARES PRESENCIALMENTE E ABRIR COZINHAS, DURANTE O PICO DA PANDEMIA, SÃO ATENTADOS À SAÚDE PÚBLICA!
Justo agora, quando aumentam os casos de contágio, a Seduc pretende reabrir as escolas para distribuir materiais pedagógicos e parte das cozinhas das unidades para distribuir alimentação aos alunos.
Sabemos que planejar e executar políticas públicas não são tarefas fáceis, principalmente durante uma pandemia ocasionada por um vírus extremamente contagioso. Porém, os agentes públicos têm a responsabilidade de desenvolver tais políticas com base em informações científicas, principalmente neste momento. Infelizmente, não é isto que estamos presenciando na rede municipal de ensino em Santos.
Esse não é o primeiro equívoco do governo. A antecipação de férias, que só ocorreu em Santos, trouxe vários problemas:
- Tanto profissionais como alunos não puderam gozar as férias em sua plenitude, tanto do ponto de vista físico, quanto psicológico;
- Trabalhadores que atuam em outros municípios ou na rede estadual estarão trabalhando em um cargo e de férias no outro em janeiro;
- Os alunos também ficaram sem aula e sem o devido descanso.
Durante este período, também não ficou clara a política do governo quanto à distribuição da alimentação escolar. Todos os alunos da rede teriam direito e o governo municipal está autorizado a utilizar os valores do Programa Nacional de Alimentação Escolar para isso. Mas até agora, passados dois meses, tanto a cesta quanto o cartão distribuído não chegaram para todas as famílias.
Nesta conjuntura reivindicamos:
- Ampliação da quarentena para todos os trabalhadores da educação;
- Que as escolas sejam fechadas até que as condições sanitárias propiciem a reabertura;
- Que a distribuição dos materiais pedagógicos seja realizada apenas de forma remota ou via correio;
- Que os valores da alimentação escolar sejam distribuídos por cartão e pelo correio, para todos os alunos e não apenas para as famílias cadastradas.
Só a luta muda a vida!