Montagem com uma charge do Eneko na esquerda onde uma mão gigante segura um trabalhador enquanto a outra mão gigante pinga um conta gotas nele onde está escrito "Abono" e embaixo do trabalhador sai uma gota gigante escrito "salário". Na direita tem um print do vídeo do prefeito Rogério Santos falando na Câmara dos Vereadores

SOBRA DINHEIRO, O PREFEITO NÃO CORRIGE AS PERDAS DA CATEGORIA E VEM COM HISTÓRIA DE ABONO?

TODOS AO PAÇO DIA 6 DE OUTUBRO

A Despesas com Pessoal hoje está em 41,05% e deve se manter próximo disso até o final do exercício de 2022. Como é de conhecimento da categoria, a prefeitura pode chegar prudencialmente até 51%. Ou seja, há dinheiro de sobra para reduzir as perdas salariais que amargamos nesse período da pandemia.

O prefeito ainda não mandou nenhuma proposta oficial para o SINDSERV referente ao reajuste salarial. Porém, para os vereadores ele já fez uma fala que parece uma brincadeira de mau gosto. Desagradou aos servidores da ativa e aos aposentados.

Disse ele: “Será um abono único e linear de R$ 1 mil para cada funcionário e isso vai ajudar e muito no final de ano. Também tem um critério de produtividade”.

Como é? Então, se é por produtividade, nem todos os servidores da ativa receberiam o tal abono? Nenhum aposentado receberá esse abono? Essa é a grande ajuda no final do ano?

Boa parte dos aposentados já ficou de fora na primeira proposta do governo de reajuste apenas do Auxílio-Alimentação (que nenhum aposentado recebe) e da Cesta Básica (recebem apenas os aposentados e pensionistas que ganham até 4 salários-mínimos).

Como a proposta oficial ainda não chegou. Não temos como ter certeza que o governo pretende realmente praticar essa covardia com a ativa e com os colegas aposentados.

Fazendo as contas na ponta do lápis vemos que, na verdade, o que o governo está oferecendo é uma mixaria. O governo nos deve quase 10% dos nossos salários corroídos pela inflação. Para se ter uma ideia, se o governo fizesse esse reajuste básico, em 1 ano teríamos*:
N-B: R$ 1.785,19
N-C: R$ 1.924,63
N-D: R$ 2.076,94
N-E: R$ 2.242,30
N-F: R$ 2.422,42
N-G: R$ 2.618,70
N-H: R$ 2.833,03
N-I: R$ 3.067,18
N-J: R$ 3.323,04
N-L: R$ 3.603,11
N-M: R$ 3.910,20
N-N: R$ 4.246,33
N-O: R$ 4.615,04
N-P: R$ 4.845,76
N-Q: R$ 7.284,31
N-R: R$ 9.725,18
N-S: R$ 10.684,57

* isso sem contar com férias, 13º, aposentadoria e todos os benefícios que são calculados pelo salário base.

O governo tem dinheiro?

Atualmente temos 11.228 servidores na ativa. Mesmo se todos receberem esses mil reais (o que não é garantido já que está vinculado a essa tal “produtividade”), o governo gastaria R$ 11.228.000,00. Somando esse valor com a atual Despesas com Pessoal (R$ 1.355.292.647,60) que está em 41,05%, a Despesas com Pessoal passaria a ser de apenas 41,38% (R$ 1.366.520.647,60).

Política de abono destrói nossos salários, a CAPEP e o IPREV

No imediato já vimos que abono é uma cilada. Agora, a longo prazo, a coisa fica pior ainda. Uma política de “valorização” dos servidores apenas com abono e não reajuste derruba nossos salários em poucos anos.

É na verdade uma DESvalorização dos nossos cargos e de nossas vidas. Além disso, não levamos nenhum abono para a aposentadoria.

Essa política destrói as finanças da nossa CAPEP (instituto que cuida da nossa saúde) e do nosso IPREV (instituto que cuida do dinheiro que paga as nossas aposentadorias).

TODOS AO PAÇO!

Assim que o sindicato receber a proposta oficialmente divulgaremos para a categoria. Por ora, vamos todos à reunião convocada pelo governo para discutir a campanha salarial: Dia 6 de outubro (quinta-feira), às 14h30, no Paço Municipal (Praça Mauá Centro).