Charge do Latuff

Paulo Alexandre avança na terceirização da Educação

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), continua a retalhação na Educação de Santos. Enquanto deixa as escolas municipais cada vez mais sem recursos mínimos para o dia a dia, quase R$ 50 milhões estão sendo entregues para as novas Organizações da Sociedade Civil (OSCs) – veja os “Termos de fomento” publicados no Diário Oficial nos dias 23/0203/0309/0317/03 e 12/05/2017.

No dia 27 de junho o governo ampliou ainda mais o bolo que vai para o bolso das OSs. O “leilão” do novo “lote” conta com 215 vagas de Creches (berçário e maternal) e Pré-escolas (jardim/pré). Com isso, a terceirização da Prefeitura chega na incrível marca de 10.017 crianças atendidas, mais do que 1/4 de todas as crianças atendidas (a Prefeitura atende diretamente nas UMEs 27.421 crianças).

E esse é apenas o primeiro pezinho que Paulo Alexandre pretende colocar da iniciativa privada na Educação do município. Obviamente a ideia é ampliar a privatização no setor, mas isso vai depender do grau de resistência dos trabalhadores.

Para se ter uma ideia, o governador de Goiás (também do PSDB) tentou colocar toda a Educação do estado nas mãos das OSs. Só foi freado com a onda de ocupações de escolas promovida pelos estudantes com apoio de professores, funcionários, pais e comunidade escolar em geral.

E EM SANTOS, VAMOS DEIXAR A INICIATIVA PRIVADA TOMAR CONTA DA EDUCAÇÃO?!?!

Uma curiosidade

Uma das entidades que virou OSC no dia 30 de dezembro de 2016 é a Fundação Paulo Gomes Barbosa que recebeu da Prefeitura R$ 390.173,49. A presidência da Fundação é de, nada mais nada menos, que a irmã do prefeito, Rosane Pereira Barbosa.

Tudo em família

Veja a evolução do repasse da prefeitura pra dita Fundação nos últimos anos:

Gráfico mostra repasses aumentando cima da inflação

Fonte: http://transparencia.santos.sp.gov.br/servicosonline/portaldatransparencia.html#

Transparência ZERO

O salário (bruto, líquido, adicionais, descontos etc) dos servidores está aberto na internet. Seus horários de plantões e local de trabalho também. Até uma declaração de bens o servidor começou a ser obrigado a fazer esse ano para o governo municipal (além do Imposto de Renda). E essas entidades batizadas de OSCs, cadê a transparência?

Quem são seus diretores? Quanto recebem? Quantas crianças atendem? Onde expõem os gastos do dinheiro público repassado?

Não dá para saber, por exemplo, se o atual Secretário de Gestão, Cacá Teixeira (PSDB), que aparece na foto ao lado, é alguma coisa na Loja Maçônica Damasco que receberá esse ano R$ 460.560,37.

Cacá Teixeira na Maçonaria

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