“Superlotação não combina com educação”

Essa frase do título estampava um dos cartazes erguidos pelos professores da rede municipal de Santos durante o ato realizado no dia 09/03. A afirmação resume bem uma das principais dificuldades que os docentes estão enfrentando esse ano. Porém, essa superlotação é apenas um reflexo do grande problema da categoria: A falta de professores na Prefeitura.
 
"Eu quero meus HTIs!"
Essa carência de profissionais, também desencadeia outros tormentos para a carreira, como o não cumprimento do HTI (Hora de Trabalho Individual) e do HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo), ou mesmo a pressão para que sejam cumpridos de forma irregular.
 
"40 crianças em sala! DIGA NÃO!"
Em resposta ao ato, a Seduc assumiu que há uma sala de sexto ano com até 37 estudantes. Diz isso, já no quarto ano de governo, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Lamentável! 
 
"Paulo Alexandre, te convido a dividir uma sala de aula comigo!"
Essa superlotação causa enormes prejuízo para os alunos e precariza o ensino. O prejuízo também se dá aos cofres públicos já que, a situação de extrema pressão e estresse, tira muitos educadores do trabalho por adoecimento, tanto psicológico quanto físico.
 
"Pro carnaval tem R$… prá Educação NÃO???"
Outra reivindicação da categoria é que os profissionais que ingressam na carreira do magistério tenham 200 horas/aula, pois com apenas 105 horas/aula os Professores Adjuntos I não participam das discussões pedagógicas da escola, precarizando o ensino e desestimulando os tralhadores que chegam a ficar 6 ou 7 anos nessa situação.
 
Sobre esse aumento da na jornada, a Seduc respondeu que NÃO irá alterar nada! A desculpa é a de que isso faz parte do Plano de Carreira. Ué, o Plano de Carreira não pode ser alterado para melhor?!? Lógico que pode, só depende de vontade política. Mas, logicamente, essa vontade só vai aparecer caso os professores façam muita pressão!
 
A solução do governo para que os docentes de 105h/a participem das discussões pedagógicas é uma verdadeira afronta aos trabalhadores! A Prefeitura sugere que os trabalhadores participem sim dessas discussões, mas por conta própria, sem nenhum subsídio, fora do horário de trabalho, conforme cita a secretária de Educação na reportagem do jornal A Tribuna (10/03): "Nada impede que eles participem do coletivo e das reuniões pedagógicas. Há outras formas para compartilharem suas ideias com os demais educadores". Absurdo! 
 
"Professor sem turma, turma sem professor! #explicaseduc"
Desde de 2013 notificamos inúmeras vezes, tanto a Secretaria quanto o prefeito, de todos as reivindicações dos trabalhadores da Educação. Até o jornal Boqueirão News fez matéria relatando isso.
 
Mas se para a Seduc essas reclamações e denúncias ainda não foram o suficiente, não tem problema! Estaremos no Paço Municipal no dia 16/03 (quarta-feira), às 18h30, denunciando (mais uma vez) todos os males que afligem a "Cidade Educadora".
 
ATO NO PAÇO MUNICIPAL
DIA 16/03, 18H30

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