Mas afinal, o que ocorre com a CAPEP?
1) Prefeito não quita sua dívida
É de conhecimento dos servidores que desde junho de 2016 a Prefeitura não repassa integralmente a parte patronal para a nossa CAPEP.
O governo declarou em audiência pública realizada em outubro do ano passado que até o final do ano ou, mais tardar, em fevereiro de 2018 a dívida de cerca de R$ 5 milhões com a CAPEP estaria liquidada. Pois bem, o governo não pagou nem a metade do valor, deve atualmente R$ 3.822.596,04.
Esse rombo coloca em risco a assistência em saúde dos servidores e seus dependentes. Um rombo financeiro que pode custar vidas!
Ao invés de cobrar a dívida do chefinho, Eustázio fica ventilando a ideia de aumentar a contribuição dos dependentes e mais velhos, rever o limitador de 30% no percentual máximo de descontos nos salários e implantar a coparticipação dos servidores na CAPEP (como acontece na iniciativa privada).
O SINDSERV Santos protocolou um pedido para a CAPEP para obter todas as informações detalhadas das finanças da CAPEP.
MANIFESTAÇÃO em DEFESA da CAPEP!
No Paço Municipal, dia 18/10 (quinta-feira), às 17h
2) Administrador incompetente e escudo do prefeito tucano
A CAPEP tem hoje, sem a menor dúvida, um dos piores administradores da sua longa história. Eustázio, ex vice-prefeito de Paulo Alexandre, agraciado pelo mesmo duas vezes para presidir a autarquia, só serve como escudo para proteger o prefeito. É distante dos servidores, não passa informações claras sobre a situação da CAPEP para a categoria, ao contrário, as esconde, é visto como alguém que não se relaciona bem com os hospitais prestadores (segundo administradores da Santa Casa), não comparece às reuniões dos Conselhos de Administração e Fiscal para pensar alternativas e soluções para os problemas da CAPEP, não cobra a dívida que o prefeito tem com a autarquia, e por aí vai.
É mais um cargo político que se preocupa somente com a incorporação do salário de secretário que recebe e com a blindagem do seu padrinho político.
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3) Prefeito privatizador
O sonho dos últimos prefeitos é desmontar a CAPEP e oferecer a gorda carteira de clientes que potencialmente representamos para algum plano de saúde privado.
Pensam todos os dias como dar mais esse golpe nos servidores. Que vantagens teriam com isso? Aumentaria a arrecadação para os partidos? Aumentaria o volume de recursos para o esquemas de caixa das próximas campanhas eleitorais?
Sim. Além disso, os 4% do orçamento investidos nos servidores – a parte patronal para a CAPEP – iriam direto para alimentar outros negócios entre os prefeitos e as empresas, como já ocorre com as OSs que hoje são presenteadas com os Pronto Socorros e hospitais de Santos.
O atual sucateamento da CAPEP não indica boa coisa. A falta de compromisso desse prefeito com os servidores e suas famílias é prá lá de evidente. Dois anos (do primeiro e do segundo governos) tentando não repassar sequer a inflação para os salários (clara intenção de reduzir os salários), desconto da greve legítima e Legal, terceirização que vai reduzir o número de servidores da ativa e pouco a pouco enterrar o pagamento das futuras aposentadorias, ao mesmo tempo que repassa as grandes unidades dos serviços públicos e generosas fatias do orçamento para empresas de saúde e outras.
Por tudo isso, não estranhamos os rumores de que Eustázio estaria se reunindo com a UNIMED. Também não foi novidade quando há algum tempo ouvimos de dirigentes da Santa Casa que a melhor saída para a incompetência do presidente da CAPEP seria aderirmos a um plano de saúde privado.
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4) Os custos da medicina sobem mais que os nossos salários
Em relação a moeda nacional, os nossos salários sofreram grande redução no (des)governo Beto Mansur e nos anos seguintes ficaram congelados com essas perdas. E só não estão congelados porque os servidores fizeram duas greves. Não fossem as greves e, como consequência, o desgaste da imagem política do governo tucano, estaríamos amargando reduções salariais todos os anos.
No entanto, em relação a moeda americana, o dólar, o poder de compra dos nossos salários está desabando morro abaixo. Mas o que a moeda americana tem a ver com a CAPEP? Ocorre que grande parte dos custos e do lucro da medicina privada (de quem a CAPEP compra serviços) são calculados em dólar.
Medicamentos, produtos químicos, máquinas de exames e equipamentos cirúrgicos etc, tudo é importado e pago em dólar. O Brasil não tem uma política de produção industrial voltada para a saúde, todo o aparato da medicina brasileira é desenvolvido por multinacionais ou diretamente importado e pago em moeda americana.
Todos os prestadores de serviços da CAPEP praticam seus preços dentro dessa lógica, que não é a lógica da vida, mas a lógica do lucro. Nossos salários não acompanham os preços e custos da medicina privada.
Só haverá solução para os problemas da CAPEP se:
• Deixarmos de nos preocupar com a CAPEP somente quando precisamos dela;
• Lutarmos para termos lá um gerente que se importe com os servidores e não em ser escudo do prefeito;
• Lutarmos por aumento na cota patronal para CAPEP;
• E por melhores salários.
Fora disso, é esperar a tragédia que está ocorrendo com as Caixas de Assistência de Cubatão, São Vicente, assim como outras instituições similares que já desapareceram.
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5) Um plano de saúde não seria melhor que a CAPEP?
Compare o seu desconto com esses planos básico que encontramos em um panfleto. Veja abaixo.
A nossa CAPEP não visa o lucro, todo o problema dela é culpa única e exclusivamente do prefeito que não repassa sua parte e do presidente da autarquia que não cobra. Já os planos privados só querem saber do seu dinheiro, prestam péssimos atendimentos e custam o olho da cara.
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No Paço Municipal, dia 18/10 (quinta-feira), às 17h
TRANSPARÊNCIA
A CAPEP é obrigada por Lei a fazer audiências públicas mostrando todas sua contas (despesas, receitas, licitações etc), além de publicar no site. Não tem nem comparação com qualquer empresa de saúde privada onde os clientes nunca terão acesso a nenhuma dessas informações.
Paulo Alexandre e os amigos empresários querem empurrar você e seus dependentes para esse “paraíso”. Vai ficar quietinho e topar a proposta dele?
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No Paço Municipal, dia 18/10 (quinta-feira), às 17h
CASO PARECIDO: APOSENTADOS DA COSIPA
A tentativa do Paulo Alexandre de fechar a CAPEP e empurrar um plano de saúde particular é similar com o que aconteceu na maior indústria de Cubatão.
Antigamente, na época da Cosipa, os metalúrgicos tinham a FENCO, uma caixa de saúde tipo a CAPEP. Ela era vinculada à Cosipa que era uma empresa estatal na época.
Após a privatização da Cosipa (que virou Usiminas), os trabalhadores foram empurrados para um plano privado de saúde. As promessas na hora da troca foram as melhores, no entanto agora os trabalhadores (já aposentados) sofrem na mão da empresa.
Todo ano o plano tenta subir a mensalidade nas alturas e os aposentados são obrigados a fazer atos e mais atos para barrar e manter os valores.
#ForaEustázio
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