NÃO AO PROJETO FASCISTA DE CARNIFICINA CONTRA O POVO POBRE E PRETO DE SP
Na noite da última terça-feira (5), a Polícia Militar de São Paulo assassinou Ryan da Silva, uma criança de apenas 4 anos de idade, durante um suposto confronto com criminosos no Morro São Bento, em Santos. Ryan brincava na calçada com outras crianças, perto de sua casa.
O pai do menino, Leonel Santos, de 36 anos, já havia sido morto pela PM 9 meses antes, durante a Operação Verão. Leonel tinha deficiência física e estava de muletas.
Segundo a mãe de Ryan, desde que o pai foi assassinado pela PM, Ryan dizia que queria morrer para reencontrá-lo.
No velório do garoto, no último dia 7, houve muita comoção e uma procissão de carros e motos pelas ruas do Morro São Bento. O ato foi encerrado pelo batalhão de choque da PM, que chegou a impedir a passagem do cortejo por alguns minutos e intimidar os manifestantes.
SEM RESPOSTAS
Até o momento, é tímida a reação do Prefeito Rogério Santos diante da tragédia. Ele chegou a citar como causa da morte uma bala perdida e disse que buscaria apuração dos fatos. A postura, muito aquém da gravidade da tragédia, tem explicação: Rogério Santos é do Republicanos, mesmo partido do Governador Tarcísio de Freitas, responsável direto pelo projeto de carnificina contra o povo preto e pobre de São Paulo, em especial da Baixada Santista.
Foi Tarcísio quem disse “tô nem aí” após entidades brasileiras denunciarem na ONU a escalada de violência em nossa região, no começo do ano. “Pessoal pode ir à ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, eu não estou nem aí”.