A Guarda Municipal, o Siqueira e a hipocrisia da Prefeitura
Nos últimos dias viralizou o que ocorre no cotidiano dos servidores públicos com incentivo dos próprios governantes. Em toda oportunidade, principalmente nas campanhas salariais, esses políticos tentam colocar a população contra os servidores dizendo que “ganham muito”, têm “privilégios”, a “máquina está inchada” e outras mentiras.
A Prefeitura de Santos, por exemplo, reabriu a cidade inteira como se não tivesse mais pandemia nenhuma, criando a sensação de que tudo voltou ao normal. Isso expôs ainda mais os Guardas, os profissionais da Saúde e demais servidores, tanto ao COVID-19, quanto à atritos com a população, como esse registrado.
O número de casos e mortes de moradores da cidade continua subindo, já são 435 famílias em luto. Comparando o número de óbitos por milhão, Santos tem vergonhosos 512,33. Maior do que a cidade de São Paulo (482,34), o Estado de São Paulo (259,18), o Brasil (204,2) e o mundo (56,74).
Agora Paulo Alexandre lava as mãos. Entregou medalhinhas, fez lives, apareceu na televisão em rede nacional etc. Mas valorizar DE VERDADE os Guardas: NADA! São 8 anos sem promoção na carreira, Regimento Disciplinar militarizado que só serve para punir os trabalhadores, Plano de Carreira falho, sem reajuste nem da inflação em 2020, aumento dos descontos etc.
Por sorte o vídeo ganhou repercussão nacional. Se não fosse isso, ainda teria o risco dos guardas serem punidos por fazerem o serviço corretamente. Pois carteiradas de apadrinhados do governo, perseguições, transferências, mudanças de horário de trabalho, punições infundadas e assédio moral são denúncias recorrentes dentro da Guarda de Santos.