Foto da Secretária de Educação, Cristina Barletta, junto com gráfico de mortes e casos de COVID-19 mostrando que estamos no maior pico de toda a pandemia

Mais uma professora morta pela Covid-19 e o governo continua mentindo na imprensa

Morreu ontem (05/05) a professora Andrea dos Santos Mendez da UME Professora Therezinha de Jesus Siqueira Pimentel. Além dela, após a primeira experiência de aulas presenciais que durou um mês e meio, faleceram mais 2 professores, 1 cozinheiro e 1 diretor. Isso sem contar as muitas internações e sequelas, os óbitos de familiares dos servidores e de alunos.

O contraste entre essa dura realidade e a fantasia propagada pelo governo na imprensa é enorme. As principais mentiras são as de que a maioria dos professores já foi vacinado, as aulas presenciais são necessárias por conta da alimentação das crianças e que o retorno à escola é seguro. Vamos à realidade:

1) A maioria dos professores e funcionários de escolas NÃO FORAM VACINADOS!

A primeira dose da vacinação foi apenas para uma pequena parte da comunidade escolar. Ficaram de fora: todos os que têm menos de 47 anos, todos os Auxiliares Bibliotecários, Técnicos em Biblioteconomia, Agentes de Portaria, professores e funcionários readaptados, funcionários da limpeza, alunos e familiares.

Fora isso, muitos não tomaram porque acabaram as vacinas. E, dos poucos que tomaram, foi apenas a primeira dose, falta a segunda e ainda esperar mais 15 dias para estarem protegidos.

2) As aulas presenciais NÃO GARANTEM A ALIMENTAÇÃO dos alunos!

O governo não está garantindo a alimentação das crianças (distribuiu pouquíssimas cestas e auxílios através de cartão) e também não garantiu durante o período das aulas presenciais. Foram oferecidos apenas lanches secos (suco e bolacha).

Além disso, cada aluno foi apenas 1 vez por semana na escola. Ou seja, argumento falso apenas para enganar a população.

3) O retorno NÃO É SEGURO!

A ciência avançou desde o começo da pandemia. Agora sabemos que superfícies são muito menos transmissíveis do que o contágio pelo ar em ambientes fechados, com pessoas falando e por um longo período. Ou seja, as salas de aula são perfeitas para a propagação do vírus.

Tem sala que nem ventilador tem, outras que as janelas não abrem (emperradas ou feitas para não abrir, como é o caso na UME Paulo Gomes Barbosa). Fora tudo isso, são mais pessoas circulando pela cidade em transportes públicos.

MANTER A PERPLEXIDADE DIANTE DO ABSURDO

Continuamos no maior pico de toda a pandemia. Quase 3 mil famílias brasileiras perdem entes queridos TODOS OS DIAS! Não podemos naturalizar esse absurdo.

A mais justa homenagem que prestamos a todos os trabalhadores que se vão É LUTANDO CONTRA AS AULAS PRESENCIAIS. A ajuda mais efetiva que os profissionais da Educação podem dar aos profissionais da linha de frente É LUTAR CONTRA AS AULAS PRESENCIAIS.