Paulo Alexandre não paga Adicional Noturno para os servidores da linha de frente
Na foto: Enfermeira exausta adormece no serviço depois de uma noite atendendo os pacientes (Hospital Cremona, Itália). Autora: Francesca Mangiatordi (médica da emergência).
A partir de fevereiro, todos os servidores tiveram, na prática, menos 4,19% nos salários (entenda porque aqui). A partir de abril, o desconto aumentou mais 2% (entenda porque aqui).
E agora, além do Paulo Alexandre ter, na prática, tirado esses 6,19% do poder de compra dos servidores, ainda não quer pagar o que deve:
1) Adicional Noturno da Saúde, Desenvolvimento Social e Guarda Municipal
O governo simplesmente não pagou o valor do Adicional Noturno para os servidores nesse mês. Isso mesmo, os trabalhadores que estão na linha de frente, os que estão sendo mais penalizados pela pandemia.
Que valorização é essa? Porque o servidor que trabalha não pode receber seu salário integral? Os trabalhadores não querem mais, nem menos, somente o salário pelo qual trabalharam!
Segundo o governo, todos os valores serão entregues, mas isso somente no mês que vem, ABSURDO!
2) Precatórios
Essa é outra dívida que Paulo Alexandre não quer honrar. Em vídeo publicado no dia 26/03, ele afirma que solicitaria ao Tribunal de Justiça o não pagamento dos precatórios municiais nesse ano todinho.
Precatórios são pagamentos que o governo TEM QUE fazer porque já foram julgados pela Justiça EM DEFINITIVO. Ou seja, o prefeito quer que os servidores que indevidamente não receberam alguma verba salarial fiquem mais um ano sem receber. E isso também vale para todos os munícipes que sofreram algum dano material ou moral causado pela Prefeitura e tiveram o direito reconhecido pela Justiça.
O tempo médio dos processos contra Prefeituras é de 6 anos para se ter o julgamento final. Depois disso, mais 2 anos para que o governo realmente pague. Se fosse o contrário, a execução da cobrança seria imediata.
PAGA O QUE DEVE!
Estamos em um momento de ampla fragilidade econômica da população em razão do necessário isolamento social. Não reajustar os salários e não pagar o que é de direito impacta diretamente em milhares de famílias da região.