Anúncio do índice de reajuste é adiado

primeira reunião de negociação da campanha salarial dos servidores municipais de Santos, realizada ontem, na Prefeitura, foi considerada ‘‘frustrante’’ pelos diretotores do Sindicato dos Servidores de Santos (Sindserv). Isso porque o representante do Governo Municipal, o secretário de Administração Edgard Mendes Baptista Júnior, disse não dispor, no momento, de um índice para apresentar à categoria. Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira.

A presidente do Sindserv, Andréa Salgueiro, manifestou sua insatisfação lembrando que a pauta de reivindicações foi entregue à Prefeitura no final de janeiro.

Ela explicou que a proposta da Prefeitura, a ser apresentada na reunião de terça-feira, será levada à apreciação da categoria em assembléia agendada para o dia seguinte, às 19 horas, provavelmente na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.

Andréa ressaltou que o calendário de mobilização aprovado na assembléia realizada na última quarta-feira terá sua primeira atividade domingo, com a distribuição de panfletos mostrando a situação salarial dos servidores.

ESTATUTÁRIOS

Na reunião com o secretário de Administração, realizada na período da manhã, o presidente do Sindicatos dos Servidores Estatutários (Sindest), José Roberto Mota, cobrou uma posição da Prefeitura sobre os números que serão apresentados para a negociação da pauta salarial da categoria.

‘‘Das propostas que apresentamos, o secretário já descartou a que pedia o pagamento de cesta básica para todos os funcionários’’, disse Mota, salientando, porém, que já está certa a incorporação da última parcela do abono, de R$ 17,04.

DIVERGÊNCIAS

Mota criticou a atitude da diretoria do Sindserv que pediu a sua exclusão do processo de negociação com a Prefeitura pelo fato de ser o superintendente da Capep-Saúde. ‘‘Isso é coisa de trabalhador que não respeita trabalhador, pois o verdadeiro embate é com o patrão’’.

Ele revelou que a maioria dos diretores do Sindserv trabalha há mais de 20 anos na Prefeitura e, ‘‘ao contrário do que acontece com o outro sindicato, nenhum deles defende interesses de partidos políticos’’.

Por sua vez, Andréa Salgueiro afirmou que a presença de Mota na mesa de negociações foi rechaçada pela categoria na assembléia de quarta-feira. ‘‘E não poderia ser diferente, pois ele faz parte do Governo e nunca realizou uma assembléia’’.

As divergências entre os dois sindicatos fizeram o secretário Baptista Júnior tomar a decisão de agendar reuniões com suas diretorias em horários diferentes. Ele disse respeitar as duas entidades, mas pondera que não pode ignorar a representatividade de Mota, ‘‘que foi eleito presidente pelos associados do Sindest”.

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